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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Porelli - parte 2

O senhor têm razão, o dia de hoje merece uma atenção especial. Ainda não tenho o poder de exprimir tudo em poucas linhas. Mas sim, eu me senti bem. Ainda me sinto. Há dias e dias.. Nem sempre o sol brilha tão forte.. é preciso descansar. A loucura que é querer romancizar tudo. ha. A loucura que é enlouquecer por feixes, por frestas. Poderia dizer que se aproxima a fugas, mas é muito mais do que isso. É insensato? Sim. Mas são os momentos mais verdadeiros, de abandonar a razão para algo que grita além de uma necessidade. Esse prazer que sinto ao ouvir risadas enquanto olho para o céu. Olhar pessoas, não para julgar ou para reparar em algo, apenas olhar. Admirada por cada detalhe, e são tantos. São tantos detalhes que constroem esse todo. (Já é o terceiro ciclo de repetição, ainda não acredito que o encontrei) Não têm nada a ver com paixão, amor, sexo, mas as imagens e sensações que ficaram: O toque quente na pele arrepiada e gelada; o olhar e o sorriso que perduraram no tempo breve antes de chegar à consciência; afago no rosto enquanto acontece a conversa; beijo na palma da mão com os olhos fechados (teria entrado em seu próprio mundo?); a lua cheia, enorme e luminosa, que antes atravessa o parabrisa e depois se torna espectadora, junto ao campo e ao mato alto; a respiração que embaça os vidros. Corri atrás de um automóvel e por um momento achei que seria possível alcançar. E mesmo assim ainda não foi suficiente para aprofundar na sensação de hoje. Hoje vi pessoas, abracei pessoas, beijei pessoas, conversei com pessoas, olhei pessoas. São os traços a lápis, estão desenhando esse complexo resultado metamorfoseante. 

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