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domingo, 29 de janeiro de 2012

Sorrisos

E quando você olha para algum lugar movimentado, sempre haverá pelo menos uma curvatura no ponto de encontro entre o lábio superior com o inferior.
As vezes me pergunto, 'quantos desses são verdadeiros?'.
Os únicos verdadeiros que eu conheço são de crianças, ou de casais apaixonados. São aquele tipo de sorriso que faz os olhos brilharem. Aqueles que contagiam só de olhar. Na maioria das vezes, quando vejo casais numa joalheria escolhendo suas alianças, eu sorrio, como se essa áurea passasse automaticamente. E as crianças, ah, elas são um caso a parte. São capazes de sorrir e gargalhar com um simples sininho. Deveríamos sorrir assim também, por nenhum motivo evidente, mas por qualquer besteira. Por um vento mais forte que bagunça uma mecha de cabelo, por um movimento repetitivo, por uma paisagem bonita, ou por simplesmente estarmos na companhia de melhores amigos. As vezes nos prendemos a coisas materiais, ou mecânicas para sorrir. Uma piada maliciosa, um presente caro.. pois é.. quando se descobre valores, sorrir fica mais complicado, e aí começamos a criar aquelas rugas de cansaço, rugas de estresse. E o que mais dói é saber que as crianças cada vez mais cedo, querem se tornar adultas.
MONSTRA
Observando o movimento das ondas e as crianças pulando sobre elas, como os raios solares incendiavam o resto da paisagem, completando os espaços vazios, as famílias, com todos os seus erros e incompatibilidades, mas reunidas, tudo o que eu senti foi paz. As vozes misturadas eram quase mudas, nada além de alguns minutos horas de apenas tranquilidade e perfeição. A perfeição existe, apenas não em quantidade suficiente..
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Sorvete de morango e nota de um dólar <3

Riscos

Hoje, depois de ver as luzes piscando no salão fechado e enfeitado com folhas de bananeiras, percebi que não somos nada além de riscos.
Não estou dizendo que somos aquela tinta que sai da caneta, ou decorrente do movimento do lápis juntamente com a força do atrito dinâmico, mas essa seria uma boa metáfora para explicar meu ponto de vista. É que ao longo da vida passamos por várias pessoas. Algumas, o risco que fazemos é forte, e por mais que chova em cima do papel do destino, o traço não irá se apagar. Porém há pessoas que nos riscam de leve e em alguns dias, semanas, meses ou anos, esse risco se apaga. Nós somos um risco em meio há milhões de riscos e no final, se pudéssemos observar através do vácuo do espaço, nossa folha de riscos ficaria parecendo um jornal impresso visto de longe, com suas letras miúdas e monótonas. As vezes me pergunto o por quê. O por quê de vivermos. O por quê de tomarmos certas decisões. O por quê, o por quê. É claro que sempre me pergunto os por quês mais inusitados, "Por que só aquela janela está acesa?", "Por que minha jujuba é laranja e a sua é amarela?". E é claro também que sempre dizem que 'porque sim, não é resposta', mas a verdade é que não há respostas pra tudo. A pergunta que realmente fica é: Por que não existem respostas para todas as perguntas?
Pois bem, voltando aos riscos, na minha imaginação, creio que riscos tenha algo a ver com ricos. Nada além de grafias parecidas. Mas acho que os ricos estão continuamente em riscos. Ignoremos os milionários filhinhos de papai que não tiveram que levantar suas delicadas nádegas pra ganhar um tostão do que tem. O fato é que todos temos que arriscar em algo que acreditamos, pra obter sucesso.. -ou não.
A vida é um risco contínuo, nós somos um risco contínuo. Somos riscos nas vidas das pessoas, somos riscados, corremos riscos, criamos o risco, damos o risco a pessoas que já tem seus próprios riscos. Pois é.. nada além de riscos..
Felizmente há pessoas aqui que marcaram minha vida com um traço absurdamente grosso e escuro, aquele tipo de traço proveniente de uma acarcada na caneta que fazemos quando ainda estamos aprendendo a escrever. Talvez eles tenham feito isso sem querer, sem perceber, mas para sempre olharei pelo meu satélite imaginário e verei seus riscos. A-C-D-G-M-N, eu amo vocês.. e que essas palavras fiquem traçadas para sempre em vocês, porque são nada além da verdade.
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Tentamos sorrir, mesmo com o coração apertado, abafando a dor..

sábado, 28 de janeiro de 2012

Noite

Há um motivo para eu amar a noite.. ela abriga os sonhos, ela faz parecer como se tudo fosse possível, sem a movimentação contínua. Vou postar uma coisa que escrevi há uns 4 anos e que encontrei esses dias num caderno, enquanto separava o que vou levar e o que vai ficar..
Sol e Noite
Chega a noite, as luzes brilham,
A Lua aparece..
Meu amor por você se sente aquecido,
A saudade finalmente desaparece.
A pouca distância não nos une, não nos separa
São nossos pensamentos que nos ligam,
como se só existissemos - eu e você -
como se o tempo parasse
A noite realmente é um bom cupido!
Mas quando chega o dia
e faz a noite desaparecer,
meu caminho perde o sentido,
o Sol e o calor me separam de você.
Nosso amor não resiste a tamanha força,
mesmo que o que eu sinta seja assim tão forte.
Talvez o Sol e o calor se achem melhores por brilharem mais,
mas eles não sabem de nada..
na escuridão da noite, a luz são as estrelas..
E enquanto eu estiver sem você,
da mesma forma, será esse amor que me iluminará.
Todos os dias sem você,
Sem te ver, sem te tocar..
Eu desejaria que o Sol morresse
pra viver numa noite eterna com você.
O meu único desejo..
A noite é surreal.. Há um tempo atrás - quando minha perna passava pela grade da janela - eu costumava sentar no parapeito e ficar apenas olhando para o céu. Observava a luz das estrelas, discretas, mas magníficas. As vezes, via a luz de um vaga lume e era como se eu estivesse sonhando acordada, no sentido mais literal. Mas a melhor parte era a brisa e o perfume adocicado que vinha com ela. Aquele aroma do orvalho sobre as folhas, agitando suavemente pela madrugada. Naquela época era tudo tão simples.. O máximo que eu havia de me preocupar era com a ausencia de luz. E lá eu ficava, pensando, suspirando por alguém que eu pensava ser especial.. Foi a paixão mais absurda que eu já tive. Uma paixão que durou 2 anos inteiros, com apenas dois dias de convivência.
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Nem as noites parecem mais as mesmas..

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Memórias

As lembranças, bem.. agora, na maior parte do tempo elas tem a função de me assombrar.
Ele poderá nunca entender isso, mas eu o encaro para que possa sempre lembrar dele. Algo além de uma simples foto, a visão de um angulo único, o meu angulo. Porém, as memórias não me permitem isso. São apenas a minha voz narrando algo que tenha acontecido, e a visão só se faz nítida durante os sonhos. A sensação de estar em seus braços, não é ativada pela memória, mesmo que eu tente me aninhar da mesma forma nos braços de outra pessoa, ou mesmo que eu me auto abrace. É, seu perfume não ficará mais preso em minha roupa, e eu não poderei mais abraçar minha camisa para dormir. E havia tanta coisa a dizer, mas um simples toque fazia mares quererem transbordar pelos meus olhos e eu tentava empurrá-los de volta enquanto fungava com o rosto enterrado em seu casaco. Porém a pior parte: Não haverá uma outra chance. "Ichi-go ichi-e"
E quando meu pai finalmente chegou, talvez tenha sido um alívio. Lágrimas escorregaram uma atrás da outra, como crianças num toboágua pela primeira vez. E quando ele foi embora, lá com a cara no portão, me senti como aquela criança outra vez, como sempre fazia quando ele saía para trabalhar. E da mesma forma, ao ouvir as promessas - 'por favor, diga o meu nome mais uma vez, quero lembrar de como sua voz soa aos meu ouvidos' era isso e só isso o que eu conseguia pensar.
Eu não sei bem o que é melhor.. promessas, ou não promessas. Talvez as promessas doam menos, mas se não cumpridas, machucam mais a longo prazo. Porém a ausencia de promessas, essa doi.. Ao pensar realmente que não haverá futuro, um ano jogado para o ar, doi.. e como doi..
Os casais passavam ao nosso lado, a nossa frente.. E me pergunto, por que quando as pessoas se gostam, ou se amam, complicam tanto as coisas? A vida já faz isso por nós, deveríamos aproveitar cada segundo, porque é um segundo único e especial.
No caminho, queria absorver cada detalhe, mas logo percebo que não conseguirei guardar a forma de cada janela que eu vi.. Foi a última vez que eu olhei por aquela janela. As últimas vezes, as despedidas.. pois é, um dia eu aprendo a dizer Adeus.
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Ele sempre será ele..

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Silêncio

Eu realmente não entendo qual a necessidade que as pessoas tem de falar o tempo todo.
Muitas vezes quando eu falo é mais uma questão de obrigação do que de vontade. Por isso me sinto muito mais a vontade com pessoas que são capazes de ficar comigo por um dia inteiro sem dizer uma palavra. Li uma vez em um livro de Nicholas Sparks que apenas a presença da pessoa é mais que suficiente e palavras muitas vezes podem acabar com toda a magia do momento. Eu realmente penso isso. É como se as palavras ditas fossem mais do que tudo uma segurança. Pensemos em um exemplo.. Aquela história de amor à primeira vista, por que não pode existir?
Em qualquer grupo que eu estivesse, sempre fui mais de ouvir do que de falar, acontece que é como se as pessoas cobrassem que você fale. Ou fala, ou fica de uma forma ou de outra, excluído do grupo.. Talvez por isso eu tenha pegado esse costume de falar. Acontece que eu considero o silêncio uma dádiva.. Quantas pessoas são capazes de ficar pelo menos duas horas sem dizer uma palavra? E nessas duas horas, quantas coisas diferentes podemos escutar, coisas que vão muito além de um blá blá blá. A sua própria respiração, o barulho da geladeira, o ar passando suavemente pela janela.. Se estamos acompanhados de alguém especial, podemos escutar seus batimentos cardíacos, podemos entrelaçar as mãos e simplesmente degustar o prazer da pele roçando sobre a pele e guardar essa sensação - sem a necessidade de conversas..
As pessoas estão tão acostumados a conversar, a resolver tudo com perguntas e respostas que já nem são mais capazes de identificar um olhar, uma curvatura da boca um pouco mais caída, ou um pouco mais levantada. Acreditam em um 'tudo bem', acreditam em tudo o que você disser, e mal sabem que o que você diz, muitas vezes não é o verdadeiro.
Não que eu seja contra conversas ou qualquer coisa do gênero. Uma conversa entre amigos é sempre animada, um desabafo é muitas vezes necessário, mas o silêncio é sempre um momento mágico. Sinceramente? Eu não aguento pessoas que falam sem parar, que ficam constrangidas com a falta de assunto, que querem saber sobre toda a sua vida. E os melhores momentos acontecem no silêncio: um sorriso, uma troca de olhares, um abraço apertado..
Nada além da minha opinião..
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E eu odeio água gelada..

Garotos

Por que os garotos só querem ficar e não se interessam por amizades? É incrível como a maioria dos caras que eu conheço querem apenas ficar comigo, e quando descobrem que eu estou compromissada e não tenho interesse, eles simplesmente acabam com qualquer contato, evitam-me e partem para a próxima.. isso me irrita demais! Será que existe alguma lei natural da vida que impossibilita a relação de amizade entre meninos e meninas? Claro que existem as exceções.. Mah e Dan são prova disso, mas pooooxa.. Eu sempre amei a companhia de meninos.. eles são espontâneos, falam o que vem à cabeça, brigam, discutem e se amam e por aí vai.. com os meninos não tem frescurite, eles são sempre a mesma coisa. Até a quarta série, meus amigos eram apenas meninos, ou 80% meninos, mas depois disso, tudo mudou.. u.u Bom, como serei a garota de moletom lá na minha nova cidade, espero que eu tenha mais sorte com isso..
Quero um amigo que em cuja companhia eu possa sentar na varanda, ver o por do sol e desabafar, chorar em seu ombro, ganhar o melhor abraço de todos e fim, nada além disso. Será que é um desejo tão impossível assim?
Enfim, o meu atual espírito é de ficar forever alone.. para dizer a verdade, tenho medo de que as pessoas daqui me esqueçam e que eu as esqueça lá. Esquecer talvez não seja a palavra, mas vamos ficar muito distantes.. E distância, é algo que machuca.. e muito.
Bom, o problema é que ao mesmo tempo que garotos são espontâneos e falam tudo na cara, eles também são muito reservados quanto suas próprias vidas e sentimentos.. Entretanto, garotos serão sempre garotos, e garotas amam garotos!
Apenas há uma preocupação maior que tudo: não pegar o sotaque de lá! Falar puxando os érres e enes.. ACHO QUE NÃO! Se bem que puxar o érre eu puxo um pouco por causa do Inglês, mas ene.. por favor! Isso sem contar nas músicas ._.
E acho que por hoje é isso ae.. Quando paro pra pensar em tudo o que vou sentir falta, dói o coração assim como os machucados decorrentes da minha sandália assassina me fazem mancar..
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E eu ainda não falei sobre o copo meio cheio..

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Amizades eternas

O amor pode até não ser para sempre, mas as amizades são, sem sombra de dúvidas, eternas..
Quando me mudei aos dois anos, fiz duas amizades que nunca vou esquecer. A primeira, com um garotinho loiro, um ano mais velho que eu. Lembro até hoje do quanto gostávamos de correr um atrás do outro, num estacionamento, em frente à uma loja abandonada. Quando ele ia à minha casa, brincávamos de 'casinha', ele era o papai e eu a mamãe. Ele era o piloto do meu aviãozinho amarelo, eu era a dona de casa que fazia comidinha. A doce inocência da infância de antigamente. Quando cheguei aos meus 7 anos, ele veio a se tornar meu primeiro amor, o que era inevitável. Aquele tipo de amor de infância, quando pensamos que amor é ficar de mãozinhas dadas e sorrir um para o outro. Depois disso, mudei-me de novo, mas dessa vez continuei na mesma cidade, de qualquer modo perdemos o contato. Aos meus doze anos nos reencontramos..
A segunda amizade foi com uma garotinha que me ofereceu Tic Tac de laranja. Bom, eu tinha pulseirinhas, no mínimo 30 em um único braço. Acontece que foi tudo muito natural, ainda mais porque nossas famílias já se conheciam há um tempo.. Agora quando olho para trás, vejo como foi rica minha infância ao seu lado: Jornais, Desfiles, Roupas, Sites de Joguinhos, Barbies (e muuuitas!), Piscina, Conversas e por aí vai.. De repente, quando estamos no auge da nossa amizade, puf.. Onde ela está mesmo? Por um motivo em específico, minha amiga partiu e deu lugar a uma nova pessoa que eu desconheço completamente.
Eu sei que chega uma hora que não poderemos mais estar presentes uma na vida da outra o tempo todo, mas enquanto podemos, por que jogar tudo para o alto?
Apesar de isso me corroer na maior parte do tempo, felizmente tenho uma pessoa que conheci um pouco depois da minha amiga morta. Eu a conheci no curso de japonês e flauta com uns 4 ou 5 anos de idade. Na verdade, nós éramos o trio mais fantástico que poderia existir, pelo menos na minha concepção, eu, ela e nossa falecida amiga (no sentido figurado). Voltando ao assunto, nós duas estudamos juntas por um ano, moramos na mesma rua, trocamos experiências.. Crescemos e nem percebemos que estávamos crescendo, as mudanças vinham pouco a pouco. É claro que continuamos a crescer, mas crescemos na companhia uma da outra. Com ou sem namorado, com ou sem provas, com ou sem tempo, continuamos amigas e tenho certeza que ainda no futuro, chamaremos uma a outra para um almoço, e contaremos sobre nossos filhos e maridos. Ela é uma garota fantástica. Bonita, inteligente, esforçada.. As vezes um tanto complexa, mas não consigo imaginá-la de uma forma melhor. E agradeço todos os dias ao destino por te-la colocado em minha vida.
E nesses encontros do destino, fazemos novos amigos que poderão estar presentes para sempre. E outros que vão apenas passar e deixar uma lembrança.
Sempre ouvi isso da minha mãe "Quem sabe dar valor, cuida e se cuida, dura". E assim aprendemos quem realmente dá valor a nossa amizade..
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Lembrete: Aposentar a sandália assassina.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Passado

O passado, se desconhecido, nos engana, o que incomoda a ponto de arranhar e espremer a garganta, fazendo gotas de água salgada rolarem pelo rosto após uma longa batalha com a pálpebra bloqueada.
-Eles se conheceram e um dia se amaram, nas fotos há sorrisos estampados por toda parte. Ainda há amor guardado no coração de cada um, mas está trancado com chaves um tanto inacessíveis. Orgulho, desconfiança são o melhor cadeado que eu poderia ter descoberto um dia. Como eu disse, o silêncio e a mentira ofuscaram o futuro de uma tal maneira que nem com um óculos de 20 graus eu seria capaz de enxergar. Eu me apaixonei.. por quem eles eram, por quem eles foram, por quem eles ainda podem ser.. Apaixonei-me por eles também, mas a dor da falta as vezes fala mais alto. E tudo poderia ter sido diferente.. -
Tantas lembranças, ela compartilhando suas histórias comigo. Foi como me vi no futuro.. contando para minha filha todas as escolhas que tomei ou fui obrigada a tomar.. a história do meu pedido de casamento, mas o que me fez chorar ainda mais, foi a imagem da despedida que ainda está por vir. Podem dizer que é sofrer por antecedência, e acreditem ou não, se fosse possível, eu não pensaria nisso. Mas toda vez que as palavras 'amor', 'amigo' e 'confiança' aparecem, eu simplesmente não consigo evitar pensar tudo o que eu tenho hoje, e que não terei daqui a um mês. É engraçado como o tempo faz o inesperado. O tempo.. sempre o tempo..
O fato de hoje é que com a ajuda de uma amiga eu entendi o problema: eu não sei lidar com lentilhas que vem sem querer num pacote de feijão.
E tudo isso me fez questionar se o amor é assim tão passageiro.. e se for, será que vale a pena assumir um compromisso com alguém que não passará todos os dias da sua vida, na saúde e na doença com você? E se ainda assim for, então um dia estarei também na minha cama, vendo fotos enquanto ainda sinto a falta do beijo do homem que eu mais amei, e contando histórias de amor aos meus filhos que não terminam como nos contos de fada.. Preciso encontrar o Peter Pan agora mesmo! Só ele poderá resolver meu problema..
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Porque o machismo existe mesmo?

O tempo

O tempo é um sujeito engraçado. Talvez o maior troll que conhecemos e nem nos damos conta.
Sabendo que restavam apenas dois meses para a mudança total, assim que cheguei à minha casa, decidi aproveitar ao máximo. Bem, tive três noites do pijama.. uma por Amora. É claro que o que mais fizemos foi comer! E sorvete não poderia faltar.. Até que nesses dias o tempo foi bondoso. Se bem que se formos pensar, meus seis dias foram o equivalente a apenas dois no quesito tempo.
Fui jogar boliche também, com o meu casal favorito e o atual amor da minha vida. Enquanto estávamos dentro do shopping, quatro horas passaram em rápidos piscares de olhos, porém, quando fomos esperar o ônibus, os simples 10 minutos se estenderam a 30 minutos, ou para ser mais clara, isso durou o equivalente aos 6 dias com as Amoras. Não que não fosse bom ficar sem fazer nada com os meus três favoritos.. mas poderíamos estar sem fazer nada em minha casa.
O que eu quero dizer é que o tempo não é constante. Ele vai muito além disso. Ele é injusto.
Enquanto estávamos no quarto, sentados em sua cama, tudo o que pude fazer foi olhar para o ventilador girando lentamente. Seu cabelo ficou mais curto, cresceu, os objetos pularam de lugar, mas o ventilador sempre continuou no mesmo lugar, girando na mesma direção. Foi aí que pensei no tempo. No tempo que me restava. Quando fui perceber havia apenas mais um mês. O tempo não gostou da ideia que eu sugeri de ser um pouco mais generoso.. Na verdade, ele deve ter odiado a ideia e criado uma certa raiva por mim e por isso anda tirando minutos, pouco a pouco, do tempo que me resta com todos. Mas tudo bem! Isso é outra coisa com a qual tenho que aprender a lidar.
Mas o tempo, aaaah, ele não terminou sua vingança por aí. O meu restante diminuiu ainda mais. Apenas três semanas. Duas semanas.. E se doi dizer 'Adeus', doi muito mais não dizer.. Isso é o que eu penso.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Problemas familiares..

Tudo começou há mais de dez anos.. É como sempre dizem, uma coisa leva a outra.. uma mentira necessita de outra mentira e por aí vai.. Uma mentira pode mudar um futuro inteiro, o silêncio pode omitir a solução do problema. E foi exatamente isso o que aconteceu. O que esse silêncio proporcionou? Uma deliciosa tragédia em cadeia.. haha' ~risadaironicafeelings
Agora lá vou eu, correr com as caixas, pegar meus livros, dar 'Adeus' as pessoas, com sorte apenas um 'Até logo'. O dia está próximo e só agora a ficha cai, batendo com toda força em minha cabeça, desfazendo-se em fatias pontiagudas, ferindo tudo o que encontrar em seu curto trajeto ao chão frio. Mas tenho certeza que se não fosse pela lei da gravidade, essa ficha não cairia, nem se partiria, mas ficaria intacta rodeando meu ser, assombrando minha visão até que a dor se amenizasse.. E claro, essa é a forma de ver o copo meio vazio.