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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Los(t)s

Estou preocupada, ando pensando demais em muitas coisas.. algumas delas nem se referem a mim, mas estão ligadas de alguma forma. 

E nos indagamos, o que estamos fazendo?

Como num fim de sorte, dei um mau jeito no tornozelo ontem, somente para variar. Somente porque eu pensei "não preciso de atadura, estou indo bem". 

Relampeia agora, ou talvez seja algo da minha imaginação. Ouço pingos de chuva também, mas podem ser apenas reflexos da luz e do fone soando músicas num volume elevado. São músicas que me lembram de um período do ano passado do qual não estou bem certa. De qualquer forma me veio aquele sentimento de nostalgia e saudade. 

Saudade..

O meu ponto mais fraco. Ver que os meus melhores amigos já estão distantes.. Que não será a mesma coisa, jamais. Quando o tempo passa, restam apenas alguns sorrisos na memória. Sabe-se que existem, mas já não se pode vê-los. Aquelas manhãs, aquelas sextas, agora cada um com a sua vida. E tem mais uma coisa, tem mais duas coisas na verdade. Tem um sem sinal-ausente, tem um indecifrável.

Mas eu me sinto tão feliz, uma pena essa felicidade não ser constante. Há horas em que me pergunto o porquê, o motivo de todas essas coisas. Por que estou aqui? E se eu estivesse lá? Não importa onde lá seja. E não que eu não goste daqui. Muito pelo contrário. Eu encontrei alguém que as vezes até assusta, o modo como parece que fomos feito um à medida do outro. Mas é egoísta e injusto querer que ele esteja todos os dias ao meu lado e só para mim. E eu me sinto mal por isso. E eu sinto não ter ainda me encontrado em lugar algum quando lá eu tinha um espacinho apenas meu dentro e cercado de pessoas que eram perfeitas para mim. De jogar pipoca e deitar no tapete, de cantar e dançar, de sair pra tomar sorvete e apenas isso. Talvez eu seja careta, talvez eu seja criança, mas não existe outra Kemmy se não essa.

Depois daquele "centro flutuante" tudo o que eu quero é respirar fundo, mas algo bloqueia. Não sei como resolver esse algo. As batidas, don kon, fecho os olhos e ouço a flauta, a chuva que eu havia pedido há uma semana vem, num dia em que meu coração já está apertado e que é fácil derrubar o resto do muro que o cerca. Batom vermelho, isso não sai da minha imaginação.

Eu não quero lágrima alguma percorrendo meu rosto. Após o pesadelo e o palpitar rápido do coração, o dia amanhece e apaga as cenas. Mas talvez as cenas daquelas manhãs, daqueles passeios, das praias sejam mais aterrorizantes, porque um dia foram verdade. Os olhos se inundam, mas afogam tudo e exprimem mais uma vez o sentimento que não sou capaz de decifrar. Só mais um dia e o próximo será melhor. Visto a capa e tudo fica bem.

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E mesmo se de uma hora para outra eu ensurdecesse, essa música soaria com todas as batidas e toda a harmonia em minha mente, em meus ouvidos e em meu coração..






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