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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Considerações

A vontade que eu tive naquele momento foi de descer e correr, mesmo com a chuva, atrás dele, de me pendurar em seu pescoço e dizer "obrigada", olhando naqueles olhos penetrantes. Então beijá-lo docilmente.  

Hoje acordei com a garganta doendo. Muito. Melhorou na metade do dia, voltou a piorar. Eu tinha muita coisa pra contar, mas tenho medo de contar e perder a magia pela minha indisposição. Meu corpo está sensível e estou com medo de adoecer.

Sinto falta de casa. E pensar que ano passado tudo o que eu queria era estar fora dela. Mas não que eu tenha mudado meu ponto de vista, as coisas e situações mudaram. E agora eu sinto falta. Da minha mãe, da minha irmã. Da minha cama, violão e teclado. Das minhas rotinas cheias de coisas boas. Mas também há coisas das quais não sinto falta de lá. Algumas pessoas, algumas situações. As coisas mudaram, as pessoas também.

Apesar de sentir falta, eu gosto de onde estou. E da maioria das pessoas ao meu redor. E minha rotina, por mais diferente que agora seja, também me agrada. Está completa. Atarefada. Com milhões de livros para ler (entende-se por 15 +-). Gosto dos meus professores. Gosto de sorvete, não, pera hahahahaha

Algumas coisas aconteceram inesperadamente. Coisas boas. Apaixonar-se. Apaixonar-me. Eu parei de tentar adivinhar ou entender o porquê das coisas, pois há algumas respostas inexistentes, jamais as encontrarei. Mas gosto especialmente de lhe observar. Estou tranquila, e essa sensação é boa.

Ontem comi uma batata recheada totalmente de queijo. Sabe-se lá quantos queijos diferentes. Estava boa no primeiro quarto, mas depois fomos todos começando a ficar triste. hahahhahaha Disso eu não esquecerei. 

Se a Natasha estivesse lendo essa publicação me questionaria a essência. Realmente, não há essência. Pela minha indisposição, e pelo medo de me expor demais em certos sentimentos e depois de pouco tempo me ver iludida. Isso quase aconteceu há uma semana atrás. E eu quero estar preparada para se for acontecer de novo. Eu ajo assim, acabo criando barreiras quando algo não dá certo. Mas afinal, o que posso afirmar com certeza? Eu que me achava cética, seca, as vezes até insensível, tenho encontrado, ou reencontrado, uma verdadeira romântica dentro de mim. E tem sido difícil tentar esconder tal lado.

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Foi melhor.. 3 x.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Adeus II

Está para completar um ano desde que você se tornou especial. Passou por várias fases. Eu lembro que fazia frio, e na primeira vez, eu usava meu moletom. Lembro como me elogiava, lembro como era dinâmico com as palavras, lembro como o tempo passava depressa a cada conversa. E eu ansiava por cada fim de semana, e esperava até as duas por você. E por vezes você não aparecia, ou aparecia 10, 15 minutos depois de eu ter saído. Mas quando aparecia, meu coração até saltava. Eu gostava de me imaginar indo em sua direção. Eu gostava de sonhar com seu abraço, e criar expressões em minha cabeça das quais não havia vestígio. Eu me apaixonei pela forma como escrevia, principalmente o "tu" devidamente conjugado e as colocações pronominais impecáveis. Quando nos víamos, por estar escuro, seu olhos e arredores ficavam negros. Eu vi seu cabelo curto ficar comprido e curto novamente e nesse mesmo ciclo por um número considerável de vezes. Eu contei os dias pra te encontrar. Eu fiquei nervosa, eu quase desisti. Mas foi uma das minhas melhores experiencias. Eu me apeguei levemente.. mas isso passou, logo que perdemos um pouco o contato por nossos cotidianos extremamente carregados. Eu confundi coisas, nós decidimos parar com qualquer ligação alheia a amizade. Não deu certo. Mas dessa vez, com uma pequena convivência, não foi apenas uma brincadeira.. Acabou se tornando verdade. Escutar sua voz, ver seu sorriso, seus soquinhos no meu braço, cutucões, tudo acabou se tornando necessário. E o que é necessário, obviamente, quando não está a disposição, faz falta. Passar horas conversando e apenas isso, segurando a vontade de lhe beijar, olhando em seus olhos até todos irem embora e literalmente restar apenas eu e você. Seu plano para fugir do alcance das câmeras, a vontade de ficar quando eu dizia "meu pai chegou" e você perguntava "já?". Sua casca protetora, seu silêncio distante, algum dia ainda gostaria de compreender. "Nosso" instrumento e a lembrança eterna dele, que me fez chorar e soluçar no partir do ônibus. A falta do seu perfume no meu braço direito - o que enlaçava primeiro o redor do seu pescoço. A distância nunca será mais forte que o sentimento.. mas é capaz de sufocá-lo. Eu sinto de verdade, não porque havia algo a ser terminado, mas por pensar no que poderia ter sido. Por pensar que alguém terá a sorte de chamá-lo "meu". Por dizer "eu te amo" quando já não se pode mais e descobrir que é recíproco. É apenas um sentimento. Mas afinal, o que seria de alguém sem um sentimento. E dessa forma, o sentimento é a maior essência de qualquer ser. Não acho errado agir pelos sentimentos, da mesma forma penso sobre a razão. Então não sei o que é certo. Mas tentei agir pelo certo. Continuarei amando, preocupando-me, lembrando-me, mas de uma forma que não perfure meu coração. Uma pessoa incrível e inalcançável. Eu estarei sempre por perto. E sempre haverá algo especial. Pois eu o amo. E eu o quero bem. 

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E então, eu, que pensava que lágrimas eram passado, me vi com olhos borrados. Rímel derramado no percurso e trajeto de cada lágrima. Foi um choro silencioso. E um dos mais dolorosos e agonizantes. Eu não odeio estar aqui, mas eu odeio estar longe.