Normalmente as pessoas, tanto as que ficam, quanto as que vão, tentam sorrir.
Indo pra rodoviária, tudo o que eu queria é que o tempo voltasse.. que o ônibus não chegasse.. que de uma hora pra outra, fosse possível voltar atrás.. ou até que no final, no ultimo segundo, eu descobrisse que era tudo uma piada de mal gosto. E parece irônico, mas mesmo estando agora já dentro do maldito meio que me levará até lá, eu ainda não acredito. Como se eu fosse passar apenas férias por lá. É como se ainda houvesse uma esperança, que não deveria existir. Se bem que se não fosse essa esperança, eu já teria morrido desidratada ou por falta de ar.
Quando o ônibus foi ligado, e deu seus primeiros passos, então o desespero me bateu com uma surra. Tudo agora será novo. E aquelas pessoas me acenando, como todas as outras desse lugar, ficarão guardadas em minhas memórias e em todos os objetos selados com suas presenças. Mas não terei mais suas presenças no dia a dia e isso me fará falta, eu posso apostar com toda a minha alma.
Ele sempre foi o melhor pra mim. Por mais que às vezes não tenha dado tão certo. Por mais que às vezes eu tenha cogitado que terminar seria a melhor solução. Segurar suas mãos, estar em seu abraço, isso poderia valer por toda a riqueza que eu poderia ter. Mas agora, como a estrada que se estende, e deixa quilômetros para trás, nós também ficamos para trás.. Por mais que doa e machuque, quero lembrar apenas dos sorrisos, e um dia ainda será possível falar sobre isso, sem um mar jorrando pelos meus olhos.
Dói.
E eu nunca desistirei de nossa amizade, mesmo que eu tenha cansado. Pra sempre valerá a pena.
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Obrigada pela carta.. nunca irei esquecê-lo..
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