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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Encaixes

O post de hoje pode parecer mais um texto de auto ajuda ou de auto reflexão do que propriamente um post do meu blog. Faz tempo que não escrevo, acho que já nem sei como é um post do meu blog.. 

Sabe.. as vezes volto e releio as postagens.. as vezes por temas, ou por sentimentos, ou por pessoas. Incrível perceber como isso sempre foi uma forma de verbalizar segredos, compartilhar dores, mesmo que por imaginação. Agora não passará de registro, porque tudo o que tem de ser dito está sendo dito, mesmo que não com palavras e mesmo truncado. Dá pra entender o porquê de eu ter escolhido usar linguagem corporal na direção, não é? rs. Mas.. sabe? Agora há pouco, foi até estranho logar com esse email e usar a mesma senha de um site que já nem mais funciona. E perceber quanta coisa mudou.

Quanta coisa aconteceu.

Das conversas e situações. 21 anos comigo, eu me conheço por agora. Mas o que me surpreende é, apesar de me conhecer, escolher a outra opção, porque sem ela parece que nada faria mais sentido. Serei sincera: "tô" me sentindo a dona do conhecimento (sorriso envergonhado), só porque tenho descoberto coisas e me deixado levar por outras que tenho medo. Como, por exemplo, permitir que adentrem meu mundo fora da ordem, com roupas no chão e copos sujos na estante. E sentir raiva, depois tristeza, depois saudade, depois alegria, depois vazio, depois.. depois.. depois.. SENTIR. De verdade. E numa intensidade gigantesca num espaço de tempo minúsculo. (sim, minúsculo, se comparado com a pretensão de tempo do sentir) Mas calma!! O pensamento não mudou rs. Tão boa essa liberdade de voar e retornar. 
Ou voar junto
E confiar na dança do coração.

O ano já está acabando.. de novo. E de novo também aquela sensação de fim de ano. E as marcas de pessoas passadas, de conversas passadas.. Dentre os significados do amor: Eu amo estar aqui. Assim, dessa forma como estou - sentada na cadeira, pé direito apoiado no chão, pé esquerdo dobrado e apoiado na coxa direita, com um travesseiro no colo e um shorts. E também da outra forma como estou - coração palpitante, vivo, sono, cheia dessa interminável saudade. Eu ainda não sei o que significa a vida, por vezes não me faz sentido algum.. e, no entanto.. desejar pelo menos mais três dessas.. só para poder continuar amando cada parte de um mesmo corpo.. cada detalhe. Detalhes que tenho dificuldade em lembrar, mas que sinto com cada parte do meu corpo sensível. Só para poder continuar me sentindo boba. E continuar tropeçando e caindo e aprendendo. Só para poder passar tardes, noites e manhãs me encaixando.. te encaixando. Não há felicidade ou qualquer sentimento que possa exprimir isso, tão complexo e completo, que estou sentindo. Poderia tentar dar um nome, mas pelo Bumbum você deve ter percebido que não sou tão boa com isso rs. 

Andar de mãos dadas e querer que elas fiquem coladas. 
Comparar a vida com os filmes.
Perceber os filmes na vida. E que se eles foram feitos por pessoas, então são sim possíveis, assim como os sonhos. Ainda não me decidi em qual estou.. 

Acabou que virou mais um desabafo.. rs. Mas um desabafo cheio desse sentimento com nome que não é Bumbum. Pra dizer que tenho descoberto, para além do clichê do amor, o que é realmente outra pessoa. E de como é realmente partilhar, compartilhar.. deixar-se transbordar.