Após ler teus pensamentos, fica a imagem de alguém que te esqueceu e que como você bem disse age como se tivesse sido "apenas mais um". Não. Não foi só mais um. Aprendi tantas coisas no processo. Aprendi sobre você, sobre o que é namorar, sobre formas de se estar com uma pessoa. Acima de tudo, aprendi muito sobre mim. E sobre esse inconstante que eu sou. Somos muito jovens. Temos tantas aventuras pela frente. Seria egoísmo prender um ao outro, frustrar um ao outro. Louco isso, né? Quando o gostar se torna tão grande que começa a surgir a vontade de guardar a pessoa só para ti. Mas como é possível guardar alguém? Por um mero status chamado "namoro"? Sempre nos desentendemos nesse sentido. Porque para mim, a atração por outras pessoas é natural, o desejo por outras pessoas é natural, e no entanto, eu queria estar contigo. Queria me divertir e voltar para ti. Mas tal desejo reprimido foi se tornando sufocante. E depois de tomar um ar novamente, eu só queria novas brisas. Nós nos amávamos e tenho certeza que ainda nos amamos. Mas são amores diferentes. Talvez esse amor que você me deu, um dia eu descubra possível, mas por enquanto eu simplesmente não consigo compreender. E acho bastante errado eu passar por cima de algo que não compreendo com tamanha naturalidade que forçava fingir. Não, nada disso era consciente, e por isso entenda que não culpo um de nós dois. Mas assim que se tornou consciente, comecei a pensar sobre o que eu realmente considero como certo, como coerente. Você me ofereceu um amor único, um amor que vêm de corpo e alma, e por tudo isso, eu te agradeço infinitamente. O seu carinho, o seu abraço, como se eu fosse o que existe de mais importante no mundo, é claro que não esquecerei. Mas não quero alguém que viva para mim. Quero alguém que viva. E que vez em quando vivamos juntos. E vice versa. Sem cobranças, sem peso. Sem discussões desnecessárias. Oras, sozinha eu sou feliz. Se for para estar com alguém, que seja para ser ainda mais feliz. De peso a vida está repleta. Acho injusto dizer que foi quase verdadeiro. Pra mim foi incrivelmente verdadeiro. Muito. E vivi cada momento com a maior intensidade possível. O para sempre é relativo. Não sei o que acontecerá no minuto seguinte. E pode ser sim que nos encontremos lá na frente, seja por você compreender o meu amor, ou eu o teu. Ou simplesmente por descobrirmos que é impossível ficar sem o outro. Mas, mesmo se isso não acontecer, esse sentimento é para sempre. Sim.. as vezes eu choro lembrando, mas prefiro sorrir. Da gente na janela sentindo o cheirinho úmido da chuva que se aproximava, ajoelhados no sofá, calor dos braços que ternamente se encontravam. O calor do seu peito. Seu cabelo todo bagunçado e lindo ao acordar, com o bom dia sussurrado no ouvido. Os cafés que tomávamos em lugares aconchegantes. Os dias preguiçosos, deitados, rindo. Sua voz rouca e suave. Os abraços de reencontros. E eu poderia passar horas e horas descrevendo e mencionando tais momentos, mas não estariam à altura de como realmente foi. Não, eu não te esqueci.. e nunca vou te esquecer. Mas esse distanciamento, eu te expliquei, é porque não consigo carregar dois pesos sozinha. Mal dou conta do meu próprio. E acho que sou um pouco egoísta. Bastante, talvez. E se essa for definitivamente a sua forma de amar, então te desejo alguém que possa te amar dessa mesma forma, reciprocamente. Minha forma de amar é livre, sem obrigações.
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quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Sobre lembranças
Na tentativa de acalmar teu coração.
Sei que hora ou outra você lerá.. Espero que esteja bem.
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