Hoje são 18 de setembro. 18 dias.
No fim eu sempre tenho que estragar algo.
..Toda vez eu me pergunto "quem será que pode completar esses versos mudos que escrevi?".."
Ainda estou chateada. Peço desculpas pela minha grosseria, não pelo que aconteceu antes. O fato de amá-lo e ele não corresponder. Iludida. Sentimentos, afinal, só existem quando lhe interessa.
Esse vazio me sufoca. Não sinto, mas só sinto. Depende do momento. A falta me preenche e é inevitável pensar que um dia já fui mais feliz. Desejar tais dias.. Voltar para lá e nunca mais voltar para o hoje. A boca que num dia foi minha e num outro de outros e que agora não sei mais a quem pertence, se a mim, se a ele, se a ambos.
Entres os galhos se misturavam luzes naturais e artificiais de mesma coloração. Difícil era decifrar em qual momento elas se encontravam e se separavam, uma vez que os pores do sol perderam o sentido e os resquícios das apreciações ficaram guardadas com tudo o que insistentemente tento esquecer.
É como se fossem vozes enquanto nada ouço. Sinto seus toques que vibram aos meus ouvidos. Ouço em terceira pessoa os gritos estridentes de agonia. E eu não consigo alcançar a mão antes que ela caia. Vibra dos meus pés até minha cabeça, com todo esse alvoroço que se estende de um mês ao outro cheio de ondulações e turbulências.
Será que teria volta? Eu paguei minha língua por dizer e pensar que tudo estava tão bem. Não está. Dói imensamente.
É tanta gente querendo ser diferente.. acabam se tornando tão iguais.. tão..
Aquelas que mais me importam, eu acabo com tudo o que há. Procuro coisas que já não existem mais.
Quando passo da visão que tinha para a visão que tenho agora, é baixa, tímida, amendrontada. Não tenho vontade, não acompanho. Os dias continuam e eu só quero continuar.. parada, quieta, vendo o mundo passar. Sozinha. E numa outra realidade estar cercada dos melhores e distantes. Daqueles que não estão aqui nem nunca estarão. Que rasgaram e deixaram cicatrizes, para sempre.
O que eu agora amo, o que agora me prende. As vezes sinto necessidade de estar livre, ao mesmo tempo em que me sinto tão incompleta quando não está.
As pessoas pensam que é fácil. Há dois lados que não se separaram. Eu gosto apenas de um e não sei lidar com o que resta.. eu desisto por dentro e resisto por fora até que num dado momento tudo possa ser invertido.
Não entendo tais infantilidades. Odeio quando choro e este me soa falso, mesmo não o sendo. Cresci, a partir do momento em que deixei de correr atrás. E aquele que antes era meu amigo passa a ser mais um e apenas mais um interesseiro. Não terei pena, já não há laço.
Tanta coisa lá e eu aqui imóvel.
Não quero.
Ligo, mas nem ligo.
Superarei.
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TUM TUM TUM TUM TUTUTU
o pulso da música que não lembrarei é o mesmo internamente.
Essa nostalgia me consome incessantemente.